terça-feira, 15 de março de 2011

E A LIÇÃO DE CASA, COMO VAI?

Percebendo que os alunos comentavam muito a respeito do que faziam quando não estavam na escola, a

professora Taíz Helene Valenzuela, da rede municipal de ensino do município de Paragominas, a cerca de

300 Km de Belém, no Pará, resolveu pesquisar maneiras de aproveitar o dia a dia dos estudantes.


A descoberta serviria para desenvolver atividades prazerosas para os deveres de casa, despertando vontade

de fazer as tarefas quando chegassem em casa.


Durante uma reunião com a coordenadora pedagógica, esta propôs que Taíz Helene, por um bimestre e

com o acompanhamento dela, começasse a pedir aos alunos que assistissem, como lição de casa,

determinados filmes.


Depois, na sala de aula, eles deveriam relatar aos colegas o que haviam compreendido. Uma das películas

que os estudantes tiveram que assistir foi A era do gelo, para que pudessem perceber temas como

mudanças climáticas.


De acordo com Taíz Helene, que dá aulas em uma turma do quarto ano da Escola Municipal de Ensino

Fundamental Associação da Paz, as atividades extraclasse sempre eram respaldadas dentro do tema da

aula.


E apesar dos resultados terem fluído com muito mais eficiência, não foi fácil implantar a nova sistemática de

dever de casa. “Os pais reclamaram, tivemos que fazer reuniões para explicar a nova dinâmica das aulas,

mostrando sempre a importância da participação da família na vida escolar do educando”, diz a professora,

que é formada em pedagogia e cursa atualmente licenciatura em computação.


Segundo ela, tanto as atividades desenvolvidas na sala de aula quanto as que são solicitadas para serem

feitas fora da escola são diversificadas: “com isso os educandos estão sendo preparados para o avanço

tecnológico da educação”, justifica.


Taís Helene acredita que, ao trabalhar dessa forma, pode perceber que o conhecimento adquirido ficou mais

fácil. “Houve muitas reclamações mas quando o resultado foi mostrado aos pais, no fim do bimestre

passado, eles ficaram bem impressionados”, adianta. E hoje em dia, quando ela fala em atividade

diferenciada, a aceitação é bem maior.


Taíz Helene atua no magistério desde 1995, quando começou a fazer estágio. “A diretora da escola onde

estagiei percebeu que gostava muito de fazer a diferença e me chamou para assumir uma sala de Jardim II.

Desde então, não parei mais”, finaliza.


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